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sábado, 19 de novembro de 2011

A VERDADEIRA CIVILIZAÇÃO

O conceito fundamental de A Grande Síntese pode resumir-se nestas palavras: ordem em Deus. Esse trabalho[1] apareceu, com profética vidência, mesmo na véspera do clímax da hora histórica, no limiar da maturidade dos tempos, a cavaleiro da maior revolução social do mundo, no momento em que devia produzir-se grande choque de dor a fim de preparar os ânimos para receber a boa nova da concepção regeneradora, estranha a este mundo tão distante ainda do Evangelho. Hoje, que a destruição material e espiritual de tantos valores antigos preparou o terreno para a reconstrução, pode entender muito mais esse livro, filho e precursor dos tempos, paralelo aos acontecimentos, expressão viva de seu dinamismo, indissoluvelmente fundido neles e na renovação social e moral que representam.

Os fundamentos desse tratado são profundos. Liga-se com a gênese do cosmos, encontramo-los até mesmo no pensamento criador de Deus. Essa síntese, abrangendo e unificando o conhecimento científico e filosófico do século, enuncia tão sólido conceito, que é possível pólo como base de nova civilização, e tão dinâmico que pode amparar-lhe o desenvolvimento. Trata-se de sistema orgânico e compacto em que todos os fenômenos, do campo cientifico ao moral e social, se prendem em lógica de ferro, de modo a impor-se à formação mental e racional do homem moderno. Trata-se de sistema que, ao mesmo tempo, dá a chave para a solução de todos os problemas, desde os teóricos e abstratos da filo­sofia até aos práticos e concretos de nossa vida como indivíduos e como sociedade.

Esta visão orgânica e completa apareceu pouco antes da hora em que o mundo, saindo da gigantesca experiência, deve caminhar para a reconstrução. Pode-se, pois, definir tal visão como o plano regulador da sociedade futura. E, além disso, apareceu em grande curva do caminho evolutivo do homem, no ponto critico de nova maturação biológica, cujo grande significado se compreenderá mais tarde; maturação elaborada em silenciosa e subterrânea incubação milenar e que explode, justamente agora, em mortificante e necessário banho de dor, que purifica e renova. Nesse mo­mento apocalíptico e de ebulição, tal pensamento era exposto como orientação e ajuda, porque orientação é o que nos falta e, acima de tudo, se toma necessário, pois como hoje em dia, quem sabe, nunca a vontade de Deus esteve, na terra, tão luminosamente presente e tão ativamente criadora.

Enquanto, pois, a natural maturação biológica, presente nas leis da vida, possibilita ao homem na atual plenitude dos tempos a capacidade de compreender e fazer atuar novos critérios de vida e novas formas de relações sociais, suce­dem-se grandes acontecimentos históricos, com a função precisa de elaborar novos conceitos e acompanhá-los até a sua aplicação. O mundo agita-se em guerras destruidoras e cruentas para aprender a assimilar esses conceitos que se não assumissem corpo tangível sob a forma de destruição e de dor, não seriam percebidos pelo homem surdo e indiferente dos nossos dias, vivo só na carne, mais ainda adormecido no que diz respeito ao espírito. Chegou a hora de compreender essa profunda sabedoria da História, esse sentido criador que possuem os acontecimentos que elaboramos e seguimos, esse significado divino presente em todos os fenômenos. O homem, em milenar ascensão, vai despertando formas mais sutis de sensibilidade e de consciência mais perfeita. Já se percebem no horizonte os clarões da vida nova do espírito. Lá, no futuro, há verdadeiro incêndio de esplêndidas afirmações e criações novas; e a divina lei de evolução que o homem, embora lhe resista e se atrase, fatalmente ali chegue. Chegou a hora de dizer ao homem: Levante-se, filho de Deus, sob forma de consciência mais esclarecida, em estada social mais orgânico e completo, supere a ferocidade atual e civilize-se finalmente, mas a sério. Chegou a hora de compreender que a nossa assim chamada civilização atual não é civilização, mas barbárie, e no fundo o homem moderno é primitivo e inconsciente, pobre fantoche completamente ignorante, presunçoso e prepotente quase sempre, cego e rebelde, e, apesar disso, sem o saber e querer, obediente à lei que o guia, e que tudo sabe, tudo faz por ele, o manobra como autômato e, sem que ele o saiba, lhe traça a história, prepara os acontecimentos, entrosa os choques, apresenta as soluções, impõe as conclusões, elevando os lideres, edificando e destruindo, exaltando e abatendo, de acordo com sabedoria desconhecida pelo homem. Chegou a hora de compreender o significado das ações que indivíduos e povos todos os dias realizam, sem que lhes conheçam o verdadeiro significado e as conseqüências. Chegou- a hora de tornarmo-nos conscientes colaboradores de Deus no plano construtivo do que ele criou em nosso campo terreno ao invés de estúpidos servidores de Satanás, em absurda obra de rebelião. Chegou a hora de compreender, como mais inteligentes; de confraternizar, como mais honestos e justos; de colaborar, como mais conscientes.

A vida não pára, é movimento que não se pode fazer parar; deve, pois, inexoravelmente, amadurecer alguma coisa. Esse caminhar da História hoje se aproxima da grande curva, onde com o nosso século se completa novo ciclo de civilização e se prepara outro. Sintomas sutis advertem des­se fato os intuitivos que sabem percebê-los; isto nos vem indicado pela concatenação dos ciclos históricos, pela lei do equilíbrio nos desenvolvimentos e pela lei do equilíbrio entre ação e reação. Esta é nossa fase, tal como está inscrita na lógica da evolução orgânica do universo; esta é nossa posição no tempo, na série das maturações milenares; este é o elo que hoje devemos soldar. Ai estão os germes, mas os germes foram feitos para desenvolver-se, aí estão as causas que tendem a atingir o efeito. A Grande Síntese é alarma estridente, antecipação reveladora, chamamento da atenção para profundas realidades ainda não vistas, advertência desesperada, apelo que acontecimentos mundiais logo sublinharam e justificaram. Aquele brado de alerta - já foi lançado e ninguém pode extingui-lo, do mesmo modo que não há incompreensão humana a quem Deus tenha concedido o poder de parar a História ou a vida.

Trata-se de concepção que, se nos princípios adere ao Evangelho, tem agora meios próprios de demonstração e o escopo de, pela torça da razão, atuar na vida individual e social, onde é praticamente nova. Nova forma mental, orgânica e harmônica, substitui aqui a antiga, inorgânica e caótica, mas neste sentido: não mais o indivíduo permanece isolado do conjunto, mas se enquadra harmonicamente no funcionamento orgânico do universo. Enquadramento gigantesco, em que a vida se torna imensa. Pode objetar-se que o indivíduo é o que é. Indiferente a tudo isto, completamente aprisionado na visão estreita de interesse egoísta, está léguas e léguas afastado de semelhante orientação. Mas pode-se também responder que essa é ignorância da mais profunda realidade da vida, ignorância de que ele sofre os danos, até mesmo nos próprios cálculos utilitários e egoístas; danos que deve sofrer, porque a sua. inconsciência não pode impedir o funcionamento das leis da vida e as reações das suas forças. Pode-se também responder que o progresso biológico é fatal, porque a evolução constitui tendência fundamental do ser e o homem, embora involuído, inerte e rebelde, deve mais cedo ou mais tarde ser impelido para o alto e transformar-se, cedendo ao irresistível e divino impul­so contido na essência das coisas. Em A Grande Síntese, o desusado atrevimento da utopia foi valorizado e enfrentado com conhecimento. Isso não é loucura, mas resulta do confronto da vontade e da força, de que o homem dispõe, com a potência volitiva e dinâmica das divinas leis da vida, possuidoras dos meios necessários para atingir seu escopo e que sabem muito bem consegui-lo. Há, de certo, luta entre o anjo e a besta, mas é da lei a vitória do anjo.

Muito embora o homem resista; não se lhe pode interromper a ascensão. A vida .obedece a lei e, através de mec­anismo de. instintos, de reações e de fatalidade, de fato o homem a cumpre, apesar de não compreender ou não querer. O mecanismo que a executa, o sistema de forças motor desse mecanismo está mesmo dentro do homem, implanta- se- lhe­ na própria estrutura, pertence-lhe ao ser. Mas a este cumprimento da lei se chega através de. erros e de conseqüentes retificações expiatórias; é, pois, fatigante e doloroso. Em A Grande Síntese se ensina, pelo contrário, a respeitar essa lei inexorável, à custa do menor dano e com a maior vantagem, possível; e ensina-se como, nesse complexo sistema de forças que é o universo, há de alguém movimentar­-se, sem doloroso choque a cada passo. O que torna atual essa síntese, em correspondência estreita com o momento histórico e com a moderna fase de evolução humana, é a maturidade do tempo, é o desenvolvimento nervoso e intelectual que torna o homem, hoje, apto a receber e aplicar na vida estes princípios que, se. tivessem sido enunciados há anos atrás, não teriam sido aprofundados, analisados cientificamente, racionalmente demonstrados. Por isso aquele escrito apareceu em nosso momento histórico como novo ensinamento, paralelo à nova capacidade de compreendê-lo.

Hoje essa compreensão é necessária e não apenas possível. O homem vive e move-se em campo de forças inteligentes, em que se emaranha; forças que, em face de sua agitação inconsciente e desordenada, reagem e lhe fazem pagar caro o erro. Ora, se por causa de menor conhecimento e disponibilidade de meios, esse erro era até agora mais limitado e, portanto, de conseqüências mais suportáveis, hoje que o progresso técnico e científico dilatou imensamente o raio de ação humano e aumentou o poder humano de incidir no dinamismo fenomênico do planeta, hoje não se tolera mais a própria ignorância, porque conduz a conseqüências práticas que, agigantadas pelo aumentado domínio de meios e possibilidades, podem tornar-se catastróficas. Vemo-lo na potência destrutiva da presente guerra. Estamos em período de desequilíbrio, porque o poder de agir é hipertrófico, desproporcionado ao poder de entender e iluminadamente dirigir a ação. O desequilíbrio está presente, hoje, em todas as nossas coisas e em toda nossa vida. Mas o próprio desequilíbrio é criador, luta, esforço genético. Procura desesperadamente reequilibrar-se, hoje, em plano mais alto, em ordem mais ampla, ordem em que o homem inclua e assimile elementos novos. Daí a necessidade de pensamento que seja dado como orientador desse esforço biológico, a necessidade de o homem, esse menor de idade, aprender ainda, não destruindo o preciosíssimo progresso científico já alcançado, mas completando-o com paralelo progresso moral; de modo a equilibrar-se a ascensão da matéria com proporcionada ascensão do espírito. À vida se rege, como já dissemos, por leis inteligentes que têm fins próprios, querem e sabem atingi-los, querem a perpetuidade e não a catástrofe, permitem o perigo, mas como elemento do esforço concluído com a salvação. É, pois, fatal eliminar-se a desproporção entre o desenvolvimento material a o espiritual e restabelecer-se o equilíbrio. A vida quer. Por isso, na certa o espírito retomará amanhã a dianteira.

Aos detentores do poder e aos lideres das finanças e da indústria pode o problema do mundo parecer simples problema técnico. Não é, porém, problema técnico somente. E isso porque, se as grandes agitações sociais se desencadeiam para conquista de objetivos concretas, utilitários, de interesse econômico, a verdade é que a vida, além de vasta e complexa, é una e unitária. Se é esse, pois, seu aspecto, sua fase construtiva de momento, ainda existem sempre, embora momentaneamente adormecidos, em estado de latência, os outros aspectos da vida, principalmente o moral, hoje estacionário. É justamente esse o lado oposto, mas complementar, do hipertrófico progresso material de nossos dias. Ora, uma vez que as leis da vida impõe, em todos os pontos, desenvolvimento harmônico e progresso equilibrado, é lógico esperar-se, agora, correspondente desenvolvimento espiritual, para compensar o contemporâneo excesso de progresso material. Quem conhece a organicidade funcional do universo deve admitir que o esforço genético das formas biológicas não pode criar o novo e gigantesco indivíduo coletivo, filho dos nossos tempos, assim desproporcionado, sem equilibradas correspondências simétricas, só membros e forças, sem paralela sabedoria diretora desses membros e dessa força. Esta sabedoria é justamente aquela que A Grande Síntese antecipa e prepara.

O progresso material de nossos dias representa, assim, desproporcionado desenvolvimento unilateral. O ponto critico tangível, resultante desse desequilíbrio e revelador dessa desproporção, é a moderna guerra de destruição. Trata-se de fase transitória, formadora de excesso que as leis da vida devem corrigir e reequilibrar, reagindo em sentido oposto. Desse modo, demonstra atrofia espiritual a crença de que o problema do mundo seja problema técnico, utilitário, de recursos e matérias-primas. Mas por isso mesmo surge a complementação do organismo com o desenvolvimento do lado atrofiado. A guerra de destruição nasceu do fato de que, o novo poder da técnica, sendo mecanicamente acessível a todos e, assim, à maioria involuída, foi empregado sem discernimento. os resultados práticos do progresso acabaram indo às mãos do homem ainda não moralmente desperto, sem preparo, insuficientemente sábio para fazer bom uso do novo poder. Foi o mesmo que pôr faca em mão de criança. Por isso antigamente a sabedoria era mistério para o povo. O progresso mecânico acabou sendo entrega de arma perigosa a mãos inconscientes. O homem de hoje em dia, moralmente deficiente, foi tomado de surpresa diante das novas possibilidades que a ciência lhe oferecia. Corpo de gigante com cérebro de criança de peito. Resultado: entrechocar-se o homem com dolorosa experiência, para que aprenda na dor e ela o obrigue a completar-se do lado do espírito. Assim, através do sofrimento, as leis da vida hão de reequilibrar o homem, que, a par de progresso material, conseguirá correspondente e proporcionado progresso espiritual. A Grande Síntese não é pensamento isolado, mas força viva que, colaborando com os impulsos biológicos, tende a reposição, em equilíbrio e contribui para esse progresso espiritual.

Aquele livro e estes comentários por isso se dirigem mais aos homens do futuro que aos de nossos dias, isto é, a homens para quem estas afirmações não serão anacrônicas. O homem de hoje, cético, há de sorrir. Mas o certo é que todo o plano dessa construção espiritual obedece à lógica, que não é a lógica míope do momento que passa; visa a objetivos elevados e longínquos que não se identificam com o de salvar-­se e fruir a vida; corresponde a pressentimento, a visão profética, a fé antecipadora, a sentido de missão, razão por que o autor deste livro não espera ser logo compreendido, sabe que em vida nenhum fruto verá e colherá; mas semeia para que outros, noutros tempos, vejam e colham. Estamos agora na fase negativa. Todavia, quem conhece o necessário equilíbrio da vida sabe que, por causa de paralelismo antiético, o não vem antes do sim, do mesmo modo que a noite vem antes do dia. O cálculo das probabilidades faz-nos crer que os fatos, porque se repetiram muitas vezes, devam continuar repetindo-se sempre. Mas os equilíbrios da vida reclamam exatamente o contrário. Exatamente porque determinado fato se repetiu tantas vezes deve ceder o passo à posição contrária. Por isso, em lugar de continuação do passado, como vulgarmente se pensa, as situações futuras são, quase sempre, resultado de retorno ao passado. Confiamos muito nas aparências, mas especialmente na História, como vimos, as aparências enganam.

Muito na superfície vivemos. E, no entanto, a natureza é de profunda sabedoria. Se perscrutarmos o íntimo e descobrirmos o mistério das coisas, aparece algo bem diferente daquilo que habitualmente se diz, se crê, se faz. Há, no fundo, divina lei, inteligente, boa e sábia, que a tudo rege e nos guia, como crianças, em direção ao bem. Ela exprime o pensamento de Deus. O homem, sem grave dano para si mesmo, não pode substituí-la na direção da vida. Tem todavia, a presunção de fazê-lo e não se orienta senão por sua ignorância e prepotência. E como hoje em dia essa substituição se torna cada vez mais extensa e profunda, por causa do aumento da capacidade intelectiva e da disponibilidade técnica, o perigo correspondente vai ficando mais e mais grave e ameaçador. Por isso A Grande Síntese é desesperado brado de alarma solto no limiar mesmo da catástrofe em que a humanidade poderá encontrar a própria destruição.

Se tudo isso é estranho à moderna forma mental, alheio à corrente que a maioria segue, se, ao contrário, em geral se concebe a vida limitada e caoticamente, isso não impede que a ordem e a reação obrigatória, existentes no mundo astronômico e químico, existam também no universo moral, naquele mesmo em que, por ignorância das leis que o regulam, os homens gostam de agitar-se o mais loucamente possível. Essa pobre formiguinha, a mexer-se tanto na superfície desse grãozinho de poeira cósmica chamado terra, sabe por acaso o que efetivamente faz e quais as conseqüências do que faz? A ilusão não é sua herança? Não é absurdo, mesmo, que por ignorância do modo como funciona a máquina universal, indivíduos e povos vivam eternamente dando cabeçadas na parede, sem esperança de libertação, osci­lando continuamente entre o erro e a dor? E se se faz algum esforço para sair desse aperto, por que deve ser tachado de utopia?

Não. Seja qual for a incompreensão, a resistência, a dificuldade, a fadiga, não é loucura ensinar que se deve superar a ilusão e a dor e conquistar valores mais sólidos que os valores do mundo. Se pode parecer utopia, é utopia do Evangelho, utopia decorrente do sublime paradoxo do Sermão da Montanha, que menospreza a tudo quanto o mundo estima, utopia de aceitação necessária a menos que se saiba viver como besta ou como inconsciente ou, então, se volte as costas para a vida tal como a vida é, quer dizer, a menos que se renuncie à reprodução e se vá em busca da morte. A existência oferecida por nosso civilizadíssimo mundo moderno não é aceitável senão para os inconscientes, os involuídos, os desonestos, salvo se, no futuro, complementar-se em melhor estado, estado que lhe justifique as dores e compense a bestialidade. Disso se segue: para o homem consciente, evoluído, honesto, a vida é apenas missão dolorosa, peregrinação de exilado que, passando pelo mundo que não lhe pertence, se dirige a sua verdadeira e longínqua pátria. Isso tudo pode parecer utopia; todavia, sem ela nem ao menos a esperança de futura civilização permanece na palidez mortal do mundo moderno. Animada por essa esperança a caminhada do Exilado se transforma na fadiga do construtor. Os céticos poderão sorrir, desviando para a miséria terrena o olhar posto nas nuvens. E haverá até mesmo quem goze com essa miséria e se sacie. Cada qual julga como quer, mas no modo como julga revela a própria personalidade.

Não. O Evangelho e as teorias que o seguem são utopias apenas aos olhos do involuído; o céu só é paradoxo se olhado aqui do chão. Para quem não é capaz de sentir pela fé ou entender racionalmente que a vida continua no imponderável, para esses é absurda, por natureza, a doutrina evangélica da caducidade dos valores humanos. Para o involuído a vida não é continua, é finita, limitada ao breve período terreno. Questão de sensibilidade, inteligência, evolução. Mas esta dor dos nossos dias, dor que acabará por atingir o mundo todo, é dom de Deus para abrir as mentes e levá-las a compreender a aparente utopia. Estamos numa curva de nossa maturação biológica, e a dor a acelera. Por isso podemos reafirmar estar próximo o reino do espírito. O mundo o repele porque, involuído, ainda não lhe compreende a beleza e a vantagem. Mas sente-lhe a falta, tem fome de algo que lhe falta e não sabe o que é. O mundo está insatisfeito. Procura e não acha. Por isso se agita. Só está tranqüilo quem achou. A procura da felicidade preocupa o mundo e atormenta-o; mas o mundo não a encontra porque se agita desorientado, fora do caminho certo. Entre ilusões e mentiras perde tempo. Ao invés disso, precisa de con­quistar conhecimento e, como conseqüência, a sabedoria de entrosar-se e colaborar com a Lei. O novo princípio é ordem. Ordem em Deus e não desordem com Satanás. Em A Grande Síntese não se faz ouvir a voz deste ou daquele partido, religião ou escola filosófica, mas a voz imparcial dos fenômenos, que canta as harmonias não só da matéria ínfima, como as das regiões mais elevadas do espírito. Não se trata aqui de questões puramente teóricas, de remotos e abstratos problemas filosóficos que não nos dizem respeito. Trata-se da superação de nossa dor e da ciência que se propõe superá-la e vencê-la; trata-se de enormes vantagens utilitárias compensadoras do esforço e do tormento da mortificação a que o homem está submetido; trata-se de, finalmente, ensinar e viver, não mais como crianças loucas, mas como adultos cheios de sabedoria. Trata-se de ver com clareza tudo quanto se relaciona com nosso destino humano, de obter resposta que esgote todos os porquês e todos os problemas que nos dizem respeito, e de comportarmo-nos, desse modo, com pleno conhecimento da conseqüência das nossas ações. Loucura continuar a atirar assim ao acaso e a embater-se continuamente contra reações que estupidamente desejamos e nos açoitam até sair sangue. Chegou a hora de compreender o delicado mecanismo dos fenômenos e de civilizarmo­nos, não de brincadeira como até agora se fez; não mais na superfície apenas, mas em profundidade também; não só na forma, mas na substância; tanto nos meios como no fim; na matéria e no espírito.

Completou-se o ciclo de destruição anunciado por Grandes Mensagens e A Grande Síntese. A divina Lei deixou atuarem livremente as forças negativas do mal, que desempenharam a tarefa Entramos na fase construtiva, a vida colhe seus valores positivos e, nos ânimos batidos pela dor, os reconstrutores encontram o terreno preparado para o trabalho. O espírito, que através de tanta destruição se libertou de muitas das incrustações e escórias da matéria, pode finalmente dizer, depois de superado o profundo desmoronamento da onda descendente do materialismo: eu sou, esta é minha vez, posso criar. E a vida, que parecia prostrada e morta, torna a soltar mais forte e mais para o alto, seu eterno grito de juventude. Isso é o que, irresistivelmen­te, a lei de Deus quer agora. As forças do mal tiveram o seu dia. Mas Deus disse: basta. Em todo lugar, ato, fenômeno do universo estão presentes Seu pensamento e Sua vontade. A História está pronta; os tempos, maduros. Quer dizer: no ritmo da sinfonia dos acontecimentos humanos, no concatenamento de causas e efeitos, no desenvolvimento da fatal evolução do mundo, o caminho do tempo está próximo dessa maturidade e a vida não pode recusar-se a percorrer e concluir essa evolução.

Aqui como em A Grande Síntese, se afirma para cons­truir, não se polemiza nem se ataca para destruir. Afirman­do as eternas leis biológicas iguais para todos, aderindo à divina verdade no Alto, inviolável, a que ninguém escapa e é forçoso obedecer, estamos acima das divisões humanas. Não falamos de filosofia pessoal e arbitrária, mas objetiva e pessoal, ditada não por simples homem, mas pela voz dos fenômenos. Essa voz é verdadeira para todos os vivos, quer creiam nela quer não, quer a confessem ou a neguem, quer a sigam ou contra ela se rebelem. Deriva de principio dire­tor, guia de todas as coisas, exprime o pensamento de Deus. Inútil negá-lo. Esse pensamento existe. Se às vezes alguém nega a Deus é porque Deus existe e de Sua existência não existe prova maior do que essa negação. Não se pode con­ceber e negar o que não existe. A negação se relaciona apenas com a posição de nosso pensamento que, seja qual for a verdade, pode oscilar desde o extremo positivo da afirmação até ao extremo oposto: a negação. A Grande Síntese anali­sou esse pensamento divino, isto é, o plano construtivo do universo; a ela remetemos o leitor desejoso de conhecer essa análise. Ai se diz derivarem as conclusões de caráter moral e social de premissas tão fortes que se torna impossível re­movê-las. Aquele livro é, de fato, demonstração que impõe essas conclusões como obrigatórias para todos os seres ra­cionais. Porém, com respeito ao "quadro geral", não nos permitiu demorar em particularidades, exemplificando,. ma­terializando o conceito no realismo da vida prática. Vamos agora transportar para o plano humano da ação essa mas­sa de conceitos, transformar em concreto impulso constru­tivo a luminosidade desse imponderável, isto é, vamos trans­formar o princípio em ação, mas ação que as premissas cósmicas iluminem, sustentem e justifiquem. Trata-se de dar forma bem mais próxima e tangível, mais particular, porém mais real (porque mais aderente à hora histórica), mais hu­mana, atual e prática, aos princípios universais de um tra­tado universal. Trata-se de aplicar, dentre as mil e uma ver­dades humanas relativas, entre as forças que operam nossa ascensão individual e coletiva, trazer até aos homens cá na terra, para atuar sobre ela, a eterna verdade de Deus. Trata-se de mostrar nos fatos o funcionamento ainda ignorado daquelas forças, a ignorância humana no movê-las e os cho­ques dolorosos que a acompanham. Trata-se de educar pa­ra melhores formas de conduta individual e de convivência social, fazendo o homem compreender que enormes tolices vinha fazendo até agora, com dano para si mesmo, e como com um pouco de inteligência e de boa vontade poderia ter-se poupado a tantas dores. Trata-se de aplicar injeções de bom senso em nossa sociedade, fazendo compreender que grande vantagem advirá, para cada um e para todos, de comportamento mais civilizado, independentemente de todo credo e de todo partido. Civilizar-se é o "slogan" do momen­to. Isso significa dever o homem olhar seu próximo com compreensão, superar a ferocidade e o egoísmo, isto é, a maioria dos inúteis atritos sociais, tão graves para o fun­cionamento de toda a máquina, que assim se move com di­ficuldade, e da qual cada indivíduo deve suportar a sua parte. A sociedade humana é organismo cheio de passividades infinitas, gasto por inúteis resistências, sempre em luta in­terna entre uma parte e outra. Isto, sem dúvida, exprime a fadiga construtiva do involuído. No entanto, para que altu­ras se poderia transferir essa luta, como seria mais belo e excelente, mais próprio de seres evoluídos, lutar por objeti­vos mais sublimes! Como seria mais inteligente e convenien­te compreender e admitir as necessidades do próximo e, da­da a necessidade e utilidade da convivência, torná-la possí­vel com maior senso de concórdia! Que interessam as dife­renças entre os vários planos políticos do mundo, se os imperialismos são todos iguais e tudo se reduz à substância biológica de vencer para dominar? Não se pode destruir em ninguém o direito à vida concedido por Deus, não se pode destruir as forças biológicas que, se golpeadas, ressurgem amanhã em outra parte, retorcidas pelo golpe, prontas pa­ra reagir. Não se pode postergar os equilíbrios e destruir as leis do universo.

O homem de hoje pode ser ateu, anarquista, delinqüente, pode crer-se cidadão do caos, árbitro de liberdades impossíveis. É próprio de cretinos permanecer assim à mercê da desordem e da ilusão, quando as leis de todos os fenô­menos nos falam de ordem, de divina lei inviolável e onipre­sente, de ações e reações, de liberdade, mas de responsabili­dade também; falam-nos do enquadramento coercitivo das rebeldes desordens do mal nos limites da lei do bem; dizem-­nos que a dor castiga o louco que se atreve a violar a lei de Deus. Como é mais útil e sábio para todos harmonizar­-se com essas forças que jamais poderão ser dominadas por nossa revolta e nos esmagam se contra elas nos rebelamos! Não é insensata essa brincadeira de desobedecer e pagar pela desobediência, sem nunca sentir vontade de aprender? A estrutura do universo é o que é, não pode ser alterada. O homem deve compreender que a dor lhe nasce da desorde­nada conduta e não está na criação, que é bem ordenada; não está em Deus, que é perfeito, mas apenas nele, homem, e que o plano regulador do grande organismo total tende irresistivelmente para a felicidade, embora pelos caminhos da dor. Isso não é ilusão, mas a verdadeira meta da vida. Mas buscamo-la onde não está e não deve estar; é natural que não a achemos. Assim, por meio da dor, a lógica do universo nos responde à absurda pretensão de subvertê-la. Quanto nos cansamos para errar o caminho e, no entanto, nosso bem já está escrito na lei natural das coisas; para atingi-lo bastaria cumprir essa lei expressa na assim chamada vontade de Deus! Desse modo a felicidade continua sendo meta quimérica, inatingível miragem. Até mesmo a experiência materialista do século passado a procurou, mas procurou mal, onde não está. Não a encontrou, natural­mente. Estamos, ainda, no começo da estrada e precisamos recomeçar tudo. Enganamo-nos. Mas a estrada existe e aqui o demonstramos.

[1] O leitor, que quer conhecer os outros volumes citados no prefácio, saberá da gênese inspiradora desse escrito e compreenderá por isso que o autor aqui não está se elogiando.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

General Romeno, Emil Strainu, fala sobre os reptilianos (04/09/2011)


Emil Strainu, general romeno, Perito em Radiolocalização, Doutor em Guerra Geofísica, Conselheiro para Assuntos não Convencionais e Ameaças Assimétricas do Parlamento Romeno, Diretor de Situações Especiais e do Centro de Pesquisa para Ovnis e Psicotrônica, Fundador da Associação para o Estudo de Fenômenos Aeroespaciais Não-Identificados e autor de dezenas de livros esotéricos, costumeiramente é convidado para os eventos esotéricos mais importantes do mundo. Nestes eventos ele fala a respeito de extraterrestres, intraterrestres, bem como centenas de outros assuntos interessantes.
Ele sempre tem alegado que extraterrestres reptilianos existem e que eles têm gigantescas bases/cidades subterrâneas, mas não fala nada além disto. Cada vez que se toca no assunto ele diz: “Não vou falar mais sobre este assunto!“
Após ler os livros 1 e 2 intitulados “Inuaki, o Reptiliano Dentro de Mim (tradução livre do título – n3m3), de Aryan Hava, o general a contatou porque tinha uma história fabulosa para contá-la e ela estava prestes a lançar seu terceiro livro: “Anunnaki vs. Anunnaki”.
No prefácio do livro é mencionado sobre um bom amigo do general que teria visto dois seres reptilianos durante a madrugada nas Montanhas Retezat, uma cadeia montanhosa na Romênia.
O amigo do general, também um militar de alta patente, é especializado em comando de guerra, e pediu para não ser identificado. Ele serviu no Iraque, na África e na América do sul. Atualmente ele está participando de outra guerra no oriente médio. Strainu também mencionou que seu amigo não é fã da ficção científica e tampouco da ovniologia. O general declarou que confia em seu amigo, sem qualquer sombra de dúvida.
O amigo do general e oficial de alta patente, chamado aqui de Coronel X, estava voltando de um acampamento nas montanhas, no qual foi desacompanhado. Ao se aproximar de Bucareste, a capital da Romênia, seu carro começou a dar sinais de que o tanque estava quase sem gasolina, assim ele encostou em um pequeno posto de gasolina na zona rural.
Era entre as 05h00 e 05h10, então ninguém estava por perto. O Coronel X notou um veículo Hummer com janelas pretas estacionado fora do posto de gasolina, com o motor ligado, mas ninguém por perto. Após completar o tanque ele pagou pela gasolina e foi em direção ao seu SUV. Porém ele notou que a porta do motorista do Hummer estava aberta ele viu um ser reptiliano dentro do veículo. O reptiliano não usava roupas, mas usava botas militares. Ele/isso era coberto de escamas (como as de crocodilos) e tinha uma protuberância na cabeça, como a de lagartos. O reptiliano viu o Coronel X, e então saiu do carro enquanto ainda fixava seus olhos no coronel. Ele emitiu alguns sons agudos para alguém dentro do carro.
O Coronel X estima que o reptiliano teria 2 metros de altura, olhos amarelos com íris similares às dos gatos.
Naquele instante o coronel olhou em sua volta para ver se alguém mais tinha testemunhado o evento, mas ele estava sozinho. Então ele notou a câmera do posto de gasolina. Infelizmente, mais tarde o frentista disse à ele que a câmera estava lá “só para decoração” e não tinha uso prático algum, a não ser espantar ladrões em potencial.
Achando que poderiam estar pregando uma peça nele, ele retornou ao carro e continuou sua jornada. Após vários quilômetros, ainda intrigado pelos eventos, ele viu o mesmo Hummer com todas as quatro portas abertas. Então ele viu dois reptilianos de cor cinza escuro, os quais pareciam estar discutindo.
O segundo reptiliano era aproximadamente 15 a 20 centímetros mais alto que o primeiro. Ele não usava roupas, nem botas, tinha pés similares aos de lagartos e, diferente do primeiro, tinha uma cauda.
Na rua, caminhões passavam em ambas as direções e os motoristas apontavam para as criaturas, mas ninguém parava. Então, o Coronel X pegou seu telefone celular e tirou várias fotografias dos reptilianos que estavam totalmente abstraídos deste fato.
Após 3 ou 5 minutos, os dois reptilianos voltaram ao carro e dirigiram de volta na direção que vieram, à alta velocidade. O coronel olhou novamente as fotos em seu celular e foi rapidamente para Bucareste, afim de contatar o General Strainu e juntos decidirem o que fazer com as inacreditáveis fotos.
De volta a Bucareste, o celular mostrava claramente que 11 fotos foram tiradas, mas todas elas estavam completamente verdes. Junto como General Strainu, levaram o celular para a companhia telefônica, afim de ver se poderiam recuperar as fotos. Era como se o coronel tivesse tirado fotos de uma luz verde intensamente brilhante.
Por duas semanas eles analisaram a história em grande detalhe e procuraram por testemunhas, mas todos os seus esforços foram em vão.
O General Emil Strainu concluiu:
“Uma coisa é certa: vivemos em um mundo que somente ACHAMOS que conhecemos, dando a falsa impressão de que nós somos sua matéria. Na verdade somente somos temporários em um planeta que nunca nos pertenceu, e não temos a menor idéia do que realmente seja o nosso propósito…”
Infelizmente o blog OVNI Hoje ainda não conseguiu descobrir a data em que o alegado incidente teria ocorrido.
Fonte da notícia: http://humansarefree.com/2011/01/general-emil-strainu-about-reptilian.html