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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Duas travessas e meus olhares (Tomo I)
Gosto muito do verde, muito mesmo, gosto tanto que me provoca impulsos elétricos em todo o meu corpo, e em especial naqueles lugares particulares....sabes ou tens idéia não é mesmo caro leitor/ora????
Num daqueles campings que por vezes me aventuro tive mais surpresas do que o aroma de minha amada Natureza e suas vastas possibilidades de expécies, ou talvez eu esteja falando da mais perfeita de suas criações????
Caminhava por uma trilha muito extensa e densa por todos os lados, era final de tarde e o sol já se escondia belamente no horizonte, estava muito isolado do restante das pessoas que costumavam acampar por ali, preferia correr os riscos de uma busca mais detalhada das opções que o local poderia me proporcionar, então caminhava feliz, apesar de só.
Estava muito quente, então passei repelente sobre meu corpo após tirar a camiseta úmida de suor, pensava em ficar nu, liberto de todos os pudores que me impõe a sociedade “moderna” e seus conceitos castradores.  Era muito agradável aquele silêncio que preenchia o ar que era quebrado apenas pelos passáros cantando, os insetos com suas variáveis de ruídos e pelo sopro de uma briza que intercalava o calor absurdo. De repente, escutei o som forte d’agua batendo sobre pedras, e deduzi que estva próximo de uma cachoeira. Apressei meus passos para me refrescar....
Mas a mata foi se tornando mais espessa a medida que me aproximava de minha “fonte dos desejos”, tirei meu facão e fui abrindo caminho lentamente. Fui avançando por alguns metros, passando por belos lagartos, algumas plantas exóticas e um entrelaçado de ervas de múltiplas origens. Quando percebi que estava próximo a cachoeira ouvi vozes alegres e sussurros....colocando minhas mãos entre dois arbustos, fui discretamente abrindo-os para dar de cara com aquela visão linda à minha frente....
Duas garotas ruivas se banhavam e se esfregavam seminuas na cachoeira de forma maliciosa e estimulante. Podia ver o desejo em seus olhos castanhos, uma tão bela quanto a outra, cada qual com suas curvas delgadas e cheias de libido atraindo meu olhar, me hipnotizando e me fazendo ficar perplexo pela imagem surpresa.
Elas brincavam tocando simultaneamente as partes íntimas uma da outra enquanto trocavam beijos ardentes e com gula, parecia-me que por vezes queriam consumir os lábios uma da outra. Eram tão femininas que eu estava fervendo e louco para tocar na minha descoberta paradisíaca. Mas me contive, não tinha idéia se aquelas jovens suculentas seriam receptivas comigo, precisava observar um pouco mais do terreno onde estava me enfiando.
Lá dentro de minha bermuda meu “amiguinho” pulsava querendo disparar para frente e elas continuavam apalpando-se. Enquanto uma tocava os seios juvenis da outra, invadindo seu biquini rendado, a outra respondia preenchendo suas mãos com as nádegas apetitosas da amiga. Eu fervia por dentro e tentava não fazer nenhum barulho nos galhos que me apoiava. Era um brincadeira gostosa e com um mix de perigo por não saber o que aconteceria se fosse descoberto pelas “ninfetas da floresta”.

Outra vez seus lábios tocaram uma a outra, mas de forma diferente....a mais jovem desceu com sua boquinha delicada até os lábios vaginais da outra que era mais madura, mais mulher, mais impulsiva, enfim, um casal perfeito de desejo com lascívia feminina que me era oferecido sem cobranças.....sim era o que eu descobriria estar errado em parte de minha observação....
Enquanto aquela ruivinha com sotaque francês chupava os interiores da amiguinha, percebi que entre seus suspiros ela encarou-me maliciosamente, não sabia se havia me encarado, mas pareceu-me, e me esquivei, como quando se acha que está fazendo algo de errado e ao ser descoberto tenta se esconder, mesmo sabendo que as chances são poucas, pois na maioria dos casos já fostes longe demais na indiscrição.
Caindo para tráz, quebrei um galho com o impacto. Sobressaltado tentei não fazer mais ruídos....-(Que estúpido)- pensava eu, enquanto procurava me ajeitar no chão desconfortável. Mas lentamente ouvi alguns passos vindo na minha direção...cerrei minha respiração e aguardei para saber como agir, meu cerébro não me deu sugestões para isto....
Fiquei quietinho, qual criança envergonhada e não ouvi mais nada....então por minhas costas saltam duas figuras nuas sobre mim????

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Entre seus cachos rubros guardei minha  fronte....
Ao mesmo tempo que saltas com vontade e apetite sobre mim sinto lá dentro pulsar por ti, sim por ti , que cria as mais variadas formas de me cativar, de me encantar com um sorriso sincero, e com toda esta paixão que vêm do seu íntimo. Paixão que transborda sem aqueles velhos receios que outrora ficavam latentes...e que abundam por ai...mas não para nós,nós que não desperdiçamos tempo além do que é necessário com as tolices dos amedrontados.
Teu canto naquele dia casava perfeitamente com o balanço de tuas curvas, que me levavam no mesmo ritmo harmonioso na nossa dança “fora de hora”. Nossa dança sem convite, nossa dança demonstrativa de nossas intenções simples e também intensas, como tudo deveria ser, como todos deveriam saber entender....aquilo ali, daquele ali,daquela ali,aquela ali.
Uma tosqueira e uma simpatia, uma meiguice no meio de movimentos abruptos e engraçados....somos assim e assim nos aceitamos e assim nos queremos, formas inefáveis de nos descrever para aqueles que ouvem no fundo de suas sensações, de seus sentimentos, de suas faltas de “razões”.
Intelectualmente um disparate, para todos os medrosos e frustrantes “pensadores do saber”....que merda é esta?????? ainda não entendi também meus estimados....salamandras fervendo com suas irmãs e irmãos naquela dança desconpassada e sem nenhuma intenção vaidosa, apenas sutilmente se mostram aqueles que se “observam” de verdade.
Você observa??Nós observamos??? Vai saber, somente se sente tais sentimentos ou sensações minuciosas, e então as palavras se perdem no sentido vazio do ego querendo explicar tais toques da alma.
Lá vamos nós na tentativa de nos conhecermos novamente, na grande oportunidade de corrermos pela floresta encantada, nos tornando chama viva e com os corpos entrelaçados.

Nas ruas lhe conheci, numa condução lhe reencontrei e no vosso coração me abrigarei....assim sou contigo e tu és comigo.