Páginas

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Corrente Mágica 1

Uma vez eu tive um grande amigo, tive um amigo com tantas qualidades que se torna incompleta a palavra "amigo" para classificar todas as suas características.
Tinha um leve sarcasmo no olhar para fazer suas colocações, suas metáforas e sua sabedoria. Andava como um nômade por ai buscando experiências novas por aqui e acolá em pessoas quew estivessem dispostas a conhecê-lo um pouquinho além de sua ararência rústica. Lembro-me bem daquelas vestes batidas, daquele cabelo emaranhado de folhas de várias noites dormidas em algum bosue por ai. De uma barba cerrada que não estava adequada aos padrões de estética....Ora, não se encontrava definitivamente nada naquele sujeito que se enquadrasse em algum padrão destes dias modernos, hahaha...
Mas encontrei este sujeito por acaso nos dias de um passado remoto quando andava divagando e sonhando acordado por ai....
Como não costumo abordar muitas pessoas pela rua e elas muito menos a mim, apenas deitei minha visão naquele sujeito e ele pousou seu olhar em mim também. Então, quando ia p0assar por ele deixando de lado qualquer aproximação, ele me abordou e disse:
--Ei, meu amigo, não está me reconhecendo?
Eu parei, observei por alguns instantes, com aqueles escudos que o ego nos traz prontamente e respondi que não, não o reconhecia...
--Pois então, vais deixar a oportunidade mágica passar por entre vossos dedos como uma fumaça e desvanecer-se no vento...
Eu fiquei perplexo e tentei interpretar aquelas palavras....primeiro com o intelecto e não entendi nada com nada. Mas havia algo ali, algo a ser descoberto, algo que poderia alimentar a verdade que eu buscava com tanta gana.
Antes que eu perguntasse, ele me disse:
--Eu não sou um homossexual, meu estimado amigo!
Suspirei e começamos a gargalhar no meio dos transeuntes que passavam e que nos olhavam como se fôssemos dois doidos varridos de algum manicômio...
Então sentamos numa praça e começamos a conversar....

Nenhum comentário:

Postar um comentário