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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Eis Uma Chave Da Fechadura

Caminho numa estrada longuíssima
Não há companheiros
Há apenas formas muito distantes de mim, não me é permitido tocá-las
Quão grande é o peso que aflige as minhas pernas
Olhos espreitam desconfiados o estranho
Suas mandíbulas arregaçam seus lábios
De suas bocas cospem fel
E quase que retribuo
As impurezas se confundem com o luxo das senhoras
A degradação se confunde em tuas belas formas jovenzinha
A ira personificada se aconchega em vossas mãos ser medonho
Não me dêem importância
Me ignorem eu vos peço
Não há motivo algum para que a lembrança lhe traga á mim, óh guerreira que caminhava em meus pensamentos.
Não estás aqui agora para pôr por terra meus oponentes
Quantos são?
Centenas, milhares ou milhões?
Q uantos castelos obscenamente construídos para ti visão?
Será que aniquilaram contigo completamente valiosa inocência?
Quantos equivocados berram de seus templos suas mensagens opressoras?
Será que vomitaram na vossa face sincera, meu caro respeito?
Quão deprimentes são tais reflexões para ti andarilho
A minha barba agora roça metade de minha camiseta
De repente o cheiro imundo a minha volta fica inibido por um aroma agradável
Me revigora a estampa da vida
Eis as raízes da vidaSento sobre uma pedra e admiro
Chega de caminhar
A casa me presenteia com alegria e eu a reconheço
E nfim poderei unir-me com meu lar
Nós nos amamos e zelamos um pelo outro
Toca a minha pele, minha amada inocência
Fala aos meus ouvidos, sábio respeito
Eu vos encontrei
Sereno, um sorriso lhe ofereço meu verde
Chega de caminhar

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